FESTIVAL VERÃO AZUL – Quanto mais olhas, mais vês
Será esse o mote da edição de 2025 deste evento organizado pela associação casaBranca. De 10 a 19 de abril, este festival transdisciplinar de artes contemporâneas inclui performances, artes visuais, dança, música e cinema nos municípios de Loulé, Faro e Lagos, com a programação no nosso concelho a decorrer de 16 a 19 de abril, em vários locais da cidade.
A 12.ª edição do Festival apresenta-se como um laboratório multifacetado onde as artes performativas, sonoras e plásticas convergem para desafiar fronteiras estéticas e conceptuais. A programação propõe reflexões sobre o corpo na sua dimensão política, social, urbana e pós-humana, abordando as suas hibridizações com a tecnologia e as suas implicações éticas. Propõe ainda a relação entre eco-crítica e interdependência global, refletindo sobre as formas em que a arte pode criar, ou dar visibilidade, a redes que conectam indivíduos, comunidades e ecossistemas. Com artistas de Portugal, Espanha, Grécia, Polónia, Roménia, Escócia, Brasil e Uruguai, mantém a intenção de trazer projetos inovadores e experimentais ao público do Algarve, visando consolidar a sua missão fundadora de fomentar o diálogo e enraizar novas dinâmicas culturais na região.
Concretamente em Lagos, o festival arranca a 16 de abril com uma viagem performativa de autocarro entre até Faro, conduzida por Guilherme Curado, para se assistir ao espetáculo SOLAS, de Clara Cápitan (Teatro das Figuras – Faro). O Armazém Regimental acolhe duas exposições: “Janus Stuck, My Father”, de Oana Hodade & Vlaicu Golcea, e “Vazio”, de João Catarino. No mesmo espaço, no dia 17, destaca-se o espetáculo “Roubei um livro na cabine de leitura e vou ler”, de João de Brito e LAMA Teatro, resultado de uma oficina realizada em abril.
O Centro Cultural de Lagos recebe a 17 de abril o concerto acústico “Gémea Analógica”, de Filipe Sambado, e, no dia 19, a performance futurista “ARK 1”, de Colette Sadler, com duas sessões. No mesmo dia, a CASLAS acolhe “Está Visto”, de João dos Santos Martins, que cruza dança, música e poesia romântica.
O LAC – Laboratório de Actividades Criativas apresenta uma programação intensa nos dias 17, 18 e 19 de abril, com performances, concertos, instalações, convenção de tatuagens e DJ sets. Entre os destaques estão “Not Binary Code”, a instalação de Giacomo Miceli, performances de Guilherme Curado, Leon Franz, Bárbara Stanko-Jurczynska (Two Colors. Single Selection), e o concerto de MMMΔ (Sidiroun Parapetasma). De referir também a presença de DAKOI, Aggressive Girls e JC Music.
No Teatro Experimental de Lagos, a noite de 18 de abril é marcada pelo espetáculo “Chaos Ballad”, de Samir Kennedy, um híbrido entre concerto, cabaré e pesadelo onde a criação contemporânea se revela em múltiplas formas e geografias.
Toda a programação e condições de acesso às várias iniciativas pode ser consultada na página do evento.